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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

SAIR NA FRENTE NÃO SIGNIFICA QUEIMAR A LARGADA

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, as duas últimas semanas foram movimentadas no que diz respeito ao comando técnico dos clubes. Saídas e contratações que agitaram a opinião pública e as arquibancadas. Dentre as contratações, as chegadas de Roger Machado ao Atlético MG, Rogério Ceni ao São Paulo, Abel Braga ao Fluminense e a de Eduardo Baptista ao Palmeiras deram largada ao planejamento do próximo ano, e nessa corrida Atlético MG e Palmeiras saíram na frente. 
Alvo e desejo de muitos clubes, Roger escolheu o Galo. Após um ano que prometia ser um dos mais vitoriosos devido ao alto investimento ao reforçar seu elenco, o Atlético por mais que consiga uma virada épica diante do Grêmio fora de casa, terminará o ano muito abaixo do esperado. E poucos profissionais no mercado podem movimentar essa máquina. Roger Machado é um deles. 
Roger deu mobilidade e intensidade ao tricolor gaúcho, essa última uma das marcas registradas da sua equipe. Com um time compacto sem a bola e agressivo com ela, com variações no decorrer da mesma partida, passou de revelação à realidade no cenário de treinadores brasileiros. Não por acaso. A tendência é um Galo envolvente na frente e seguro atrás, o que faltou ao time de Marcelo Oliveira.
Já Eduardo Baptista assumirá o campeão brasileiro. Poderia ser o cenário ideal para início de trabalho em um clube. Não no Palmeiras. Eduardo Baptista já chega pressionado pela torcida por dar sequência ao trabalho de Cuca, um dos melhores técnicos brasileiros da atualidade. E tudo leva a crer que ele dará uma resposta positiva a Torcida que Canta e Vibra.
Se engana quem acha que Eduardo Baptista começou recentemente no futebol. Preparador físico com experiência internacional, sua visão se encaixa perfeitamente com a que o rápido Palmeiras precisa. 

TREINO É JOGO, E JOGO É TREINO

Roger e Eduardo Baptista atuam juntos quando o assunto é treinamento. Ambos são conhecidos por suas metodologias de trabalho no decorrer da semana. Com objetivos bem traçados e passados de forma com que os jogadores assimilem, priorizam a velocidade na movimentação com e sem a bola. Os times comandados são velozes, o que acaba abrindo espaços nas linhas de marcação adversárias com as variações apresentadas nos treinos. 

PACIÊNCIA NÃO É SINÔNIMO DE IMEDIATISMO

Tanto Eduardo quanto Roger são apostas para trabalhos à médio e longo prazo. As equipes tendem a se ajustar ao longo dos campeonatos, até pelos elencos numerosos com mais de uma peça de qualidade por posição. A tendência é que as equipes consigam atingir sua formação ideal no meio do primeiro semestre. O esperado é que as torcidas do Galo e do Verdão comprem a idéia de suas diretorias: Elevar os seus clubes a um patamar de disputar todos os títulos com um futebol bonito e competitivo. Resultado que requer tempo para ser alcançado. 

O SPLIT

A maior surpresa foi a contratação de Rogério Ceni pela diretoria são paulina. No ano que encaminhava para ser sabático, o ex goleiro retorna ao clube onde foi ídolo como jogador agora para liderar do banco de reservas. Rogério pode ser o Split final dessa maratona, dada a repercussão e expectativa que o seu trabalho (em conjunto com a comissão técnica formada por profissionais com vivência em um dos principais centros do futebol europeu) trará não só ao tricolor paulista, mas ao futebol brasileiro.

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