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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A NOVA GERAÇÃO É ANTIGA

O escritor mexicano Juan Rulfo dizia que “a infância e a memória são os dois únicos terrenos onde você pode pisar com segurança, pois nunca vão mudar.” São dois, não os únicos, terrenos que o futebol tem como propriedade. A opinião pública não.
Cresci ouvindo meu pai falar sobre a elegância com que César Sampaio se preocupava em ter ao passar as bolas para seus companheiros no bom time do Palmeiras de 1992. Cresci e vi. Na época com dois anos, se ao menos ouvi não me lembro. A memória às vezes não é justa.
Vágner Mancini é um representante da nova geração. O que é novo é recente, é atual, moderno... Conceitos e expressões muito utilizadas em sua metodologia, em seu dia a dia. Mancini já iniciou um trabalho campeão. O Paulista de Jundiaí em 2005 inovou a lista de campeões com um futebol competitivo, diferente, com sede de futebol. Mancini já foi demitido invicto. Mancini viaja para atualizar conhecimentos, é adepto do bom futebol, não só do resultado. Mesmo assim Mancini não é lembrado.
Muitos se surpreenderam com a escolha da Chapecoense para o seu comando técnico. Não surpreende quem conhece a filosofia de trabalho do clube. Um bom time atualmente requer idéias inovadoras, dinâmicas, planos táticos, estudo de adversários... Idéias novas. Treinadores novos. Qualquer início de trabalho requer um tempo para adaptação, captação de informação, modificação. Para a Chapecoense, mais do que em qualquer outro lugar, todos esses virão se estiverem em sinergia com o tempo. E poucos profissionais se dão bem com esses quesitos quanto Vágner Mancini.

Ele é o novo. Um dos mais experientes representantes da nova geração. 


                                                                                                                                                          (Foto: Reuters)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O QUE FALTA A DORIVAL JÚNIOR?

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, o futebol é um ambiente com lapsos de convicção sem muito espaço para certezas. Seguindo essa linha, uma delas é que Dorival Júnior está no seleto grupo de melhores treinadores do Brasil.
Dorival é um exemplo de profissional que ama o que faz, e por amar sempre busca estudar e se atualizar, deixando os resultados falarem por si. Pode-se dizer que Dorival Júnior se apresentou ao futebol juntamente com aquele Santos que encantou o país em 2010. A marca daquela equipe era o DNA ofensivo. A de Dorival também.
Dorival é um técnico vencedor que não estagnou. Campeão por onde passou, vencendo principalmente os campeonatos estaduais, é um exemplo de evolução. Para dar base a análise, utilizamos o seu trabalho mais recente, ainda em andamento no Santos. Campeão Paulista em 2015, finalista da Copa do Brasil no mesmo ano, campeão Paulista em 2016 e vice campeão brasileiro nessa temporada, o treinador utiliza uma metodologia aplicada nos treinos, modelos que vemos nas principais equipes do mundo. O treinador define o conceito de jogo em suas próprias palavras com "a busca pelo gol a todo momento", com os times sob a sua batuta sendo incisivos no ataque, tornando-o quase imbatível em casa, preocupando os adversários pela tática adotada de sufocar através da movimentação ofensiva, o que resulta em um belo espetáculo de futebol. 
No ano o aproveitamento da equipe ultrapassa 60% mesmo com os desfalques em convocações, transferências e contusões. Momento que o técnico mostra realmente sua capacidade de recriar, quesito onde Dorival vai além. Yuri é um meio campista que no final do campeonato virou zagueiro. Necessidade? Sim, de um futebol de qualidade desde a criação defensiva através da saída de bola. E não para por aí: marcação por zona, laterais apoiando verticalizando na ultrapassagem do meio campo, viradas de jogo buscando a quebra das linhas de marcação, tudo isso de acordo com o adversário, o que é visto no Santos era visto por exemplo no Bayern de Munique sob o comando do prestigiado Pep Guardiola. Dorival é um técnico que derrama suor tanto quanto os jogadores. Motivos que não convence alguns torcedores.
Pelo perfil e por fatos ocorridos com atletas ao longo de sua trajetória, muito se acredita que o técnico não tem o domínio do elenco. Suas substituições em partidas decisivas, com interferência para não realização até por parte dos jogadores envolvidos, dão suporte as conversas de bastidores sobre o clima ruim no vestiário. A eficácia do sistema defensivo também é pauta constante nas análises. Uma equipe tida como inexperiente para determinadas situações, principalmente em competições mata-mata jogando com a vantagem no placar. 
Levanto outra questão aqui tão importante quanto essas: E se Nilson tivesse aproveitado a chance e finalizado para as redes, no primeiro jogo da final da Copa do Brasil do ano passado? A história do segundo jogo poderia ter sido a mesma, ou não. O Futebol possui fatores que não contam com a interfêrencia do técnico e nem com a sua responsabilidade.
O que falta a Dorival Júnior é um título. Um campeonato brasileiro, uma taça Libertadores... Estamos falando de um dos maiores técnicos brasileiros da atualidade e o segredo para o sucesso é a sequência de trabalho, assim como o Santos tem feito. 

                                                                                                                                        (Foto: Santos/ Divulgação)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

FILOSOFIA ALÉM DA TEORIA

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, com o título do campeonato brasileiro definido na penúltima rodada, as emoções ficaram para a outra ponta da tabela. Com três das quatro vagas já definidas na zona do rebaixamento, Sport, Vitória e Internacional brigaram até os últimos minutos para ver quem daria adeus a primeira divisão este ano, e sobrou para o Inter a triste tarefa de disputar o acesso em 2017. O rebaixamento colorado aconteceu depois do empate em 1x1 com o Fluminense e da vitória do Sport em casa sobre o Figueirense, pelo placar de 2x0. Festa na ilha do Retiro e onde esteve o torcedor do rubro negro pernambucano no último domingo. Mas o saldo do Leão neste ano é negativo. 
O Sport teve um ano tumultuado. O então técnico Falcão, que deu sequência ao ótimo trabalho de Eduardo Baptista deixando o time há 3 pontos da zona de classificação para a Libertadores de 2016, foi demitido após a eliminação para o Campinense na semifinal da Copa do Nordeste. O escolhido para substituí-lo foi Oswaldo de Oliveira. Oswaldo é um técnico longe de ser unanimidade (até por parte da direção dos clubes que o contratam), mas seus trabalhos recentes o colocam como as opções sempre lembradas no mercado. Priorizando testes em modelos de jogo, Oswaldo é um técnico para planejamento à médio e longo prazo, técnico para iniciar a temporada, mas a mudança no comando ocorreu no meio e próximo a uma decisão de campeonato. A diretoria errou querendo acertar. Mas errou. 
A passagem de Oswaldo foi ruim. Com um aproveitamento de 36,7%, abre mão do cargo para dirigir o Corinthians após um convite do alvinegro. E esse é o momento chave para o futuro, o momento que o torcedor deve se atentar. A busca por um comandante para a reta final do campeonato é ousada e criativa. Segundo a imprensa de Pernambuco, nomes como o de Roger e Vagner Mancini são especulados, e isso chama a atenção pelos seguintes motivos: ambos são estrategistas, estudiosos de metodologias modernas de treinamentos e visitam grandes centros do futebol europeu visando o contato com grandes técnicos, observando diferentes conceitos, o que interliga a um passado recente de sucesso no clube com o também treinador Eduardo Baptista, adepto da mesma filosofia. E esta também a palavra chefe do trabalho do presidente João Humberto Martorelli. E a palavra não se trata de um discurso teórico (manteve Eduardo Baptista no cargo mesmo após as eliminações na copa do Nordeste e no campeonato Pernambucano, dando continuidade a um trabalho que quase rendeu o retorno à Libertadores da América). Após a negativa dos nomes contatados, Daniel Paulista, ex jogador, membro da comissão técnica é efetivado no cargo com a missão de salvar o Leão da degola. E o objetivo foi alcançado após os 8 jogos restantes com Daniel no comando. 

A CHAVE

A dois dias das eleições presidenciais do clube, cabe ao torcedor rubro negro a missão de avaliar qual dos candidatos trará a Filosofia do Leão da ilha de volta. Conhecido por criar um alçapão para os seus adversários, o torcedor é o termômetro desse clube, que oscilou entre ótimos e péssimos momentos nas temporadas 2015/2016. Por mais melancólico que tenha sido o ano, existe um legado deixado pela atual gestão. Agora é ver quem trará a filosofia para além da teoria.

                                                                                                                                         (foto: Marlon Costa/ Pernambuco Press)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

CORPO NÃO TÃO SÃO É REFLEXO DE UMA MENTE INSANA

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, a manhã desta segunda-feira amanheceu cinza no Rio Grande do Sul. Pelo menos para metade da população. O rebaixamento do Internacional para a série B do campeonato brasileiro expôs uma série de fatores ao longo da temporada determinantes para a queda colorada. 
É um consenso que a administração da diretoria foi pífia. Os problemas se iniciaram antes do início da temporada. D'Alessandro, ídolo e melhor jogador da equipe foi emprestado ao River Plate para "aliviar" a folha salarial, pouco tempo depois da direção rejeitar uma proposta oficial de um clube chinês por Anderson, no valor de 6 milhões de euros (aproximadamente 25 milhões de reais). Ao invés de uma solução, outro problema. Diagnosticado o déficit financeiro, iniciou-se o planejamento(?) de 2016 com a mesma base e comissão técnica que terminou 2015 com a segunda melhor campanha do returno. O ano começa com um saldo positivo: a conquista do campeonato regional e da Recopa gaúcha, mostrando que o time está pronto e credenciado a disputar o campeonato brasileiro na parte de cima da tabela. Pelo menos na visão das pessoas que responsáveis pela gerência de futebol colorada. A equipe comandada por Argel inicia com tudo o Brasileirão e chega a liderar o campeonato, mas após uma sequência de 6 jogos sem vitória vê o trabalho do seu técnico ser interrompido. Levanto o questionamento: a análise foi feita com base no modelo de jogo apresentado ou na expectativa criada além do que o elenco poderia apresentar? O escolhido para solucionar os problemas é o ídolo Paulo Roberto Falcão, um treinador com uma visão diferenciada sobre futebol e com um modelo de jogo que requer tempo para ser aplicado, pois anda pela contramão do modelo atual do time. Tempo que não existiu pois Falcão não completou 1 mês dando instruções à beira do gramado. E não dá para opinar pois não tem como analisar um trabalho de 27 dias. E o substituto não poderia ser outro a não ser Celso Roth, o profissional lembrado para esses momentos no Rio Grande do Sul. 
A criatividade da direção colorada se traduziu em antagonismo em campo: Vitórias empolgantes como a contra o Flamengo, e derrotas decepcionantes, como a contra o Vitória em casa. Após análise(?), o contrato de Celso é encerrado faltando 3 rodadas para o fim do campeonato. Por fim, Lisca é contratado para auxiliar a arrancada final do colorado rumo a permanência na série A. Com 2 derrotas em 3 jogos, o técnico se despediu antes mesmo da última partida, onde o colorado ainda tinha chances matemáticas da permanência, fechando o último treino para uma soltura e para se despedir do elenco. Surge a dúvida: Se despedir antes do término do contrato? Antes de uma análise de resultados? Soou estranho, não mais que a apática e melancólica exibição de futebol apresentado ontem pelo time no Rio, sem garra, sem sangue, sem vontade. O futebol não é uma ciência exata assim como a matemática, que errou no cálculo colorado: o Internacional já entrou em campo rebaixado.

CONSTRUÇÃO

Utilizaria o termo reconstrução caso desse para aproveitar o que foi demolido, mas acredito que construção resume o que terá que ser feito na próxima temporada. Uma cabeça ruim manda mensagens ruins para o corpo, que apenas cumpre ordens. O Internacional deste ano foi um clube do Piffero, não do povo, contrariando uma das mais belas histórias do futebol brasileiro e mundial. O clube que é gigante no estádio, nas conquistas, na torcida, vai se reerguer. Mas para isso torcedor colorado, o clube dependerá de você.





quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

UM ESTUDO SOBRE O TÍTULO GREMISTA

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, parabéns torcedor do Grêmio pela conquista da Copa do Brasil de 2016. Um time consagrado, e que consagra. Renato Gaúcho é a cara do Grêmio, e esse Grêmio é a cara dele. O time comandado por Roger jogava de uma forma diferente da do time comandado pelo Renato, o que não quer dizer que o de um seja melhor que o do outro, mas tem diferenças. E claras.
Roger trouxe inovações técnicas. A metodologia aplicada nos treinamentos eram facilmente traduzidas para o campo, com menos rachão e mais treinos táticos com microciclos visando a posse, a condução e o passe com paciência e inteligência. Mobilidade, infiltração... Douglas era um "falso atacante", um dos maiores finalizadores do time jogando mais próximo da área, invertendo posições com Luan, dificultando a marcação. Uma desordem organizada. Treinada.
Renato também trouxe inovações. O Grêmio deixado por Roger teve seu legado com a imagem arranhada. Injustamente. As derrotas para Botafogo e Ponte Preta, essa última por 3x0, abriram discussões sobre a deficiência defensiva do time, que já não demonstrava em campo a intensidade de antes. A salvação é o eterno ídolo tricolor. Sem muitas modificações táticas, aos poucos Renato identifica e ajusta as lacunas do elenco. O modelo de jogo é bem parecido, o que difere são as ações: o Grêmio se torna mais agudo, diminuindo o número de passes mas aumentando a intensidade próxima ao gol, por exemplo.
Roger teve participação nessa decisão. Nos dois lados. O Atlético foi nitidamente um time mais organizado, ocupando todos os espaços do campo, com uma estratégia clara para neutralizar os esperados contra ataques gaúchos. O torcedor alvinegro pode esperar um time envolvente para a próxima temporada, e sonhar mais alto que o quarto lugar do brasileiro ou o vice da copa do Brasil, conquistado no primeiro jogo da final.
Que me perdoe as opiniões contrárias, mas tem dedo do Renato nessa conquista. Não a mão.



segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

SAIR NA FRENTE NÃO SIGNIFICA QUEIMAR A LARGADA

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, as duas últimas semanas foram movimentadas no que diz respeito ao comando técnico dos clubes. Saídas e contratações que agitaram a opinião pública e as arquibancadas. Dentre as contratações, as chegadas de Roger Machado ao Atlético MG, Rogério Ceni ao São Paulo, Abel Braga ao Fluminense e a de Eduardo Baptista ao Palmeiras deram largada ao planejamento do próximo ano, e nessa corrida Atlético MG e Palmeiras saíram na frente. 
Alvo e desejo de muitos clubes, Roger escolheu o Galo. Após um ano que prometia ser um dos mais vitoriosos devido ao alto investimento ao reforçar seu elenco, o Atlético por mais que consiga uma virada épica diante do Grêmio fora de casa, terminará o ano muito abaixo do esperado. E poucos profissionais no mercado podem movimentar essa máquina. Roger Machado é um deles. 
Roger deu mobilidade e intensidade ao tricolor gaúcho, essa última uma das marcas registradas da sua equipe. Com um time compacto sem a bola e agressivo com ela, com variações no decorrer da mesma partida, passou de revelação à realidade no cenário de treinadores brasileiros. Não por acaso. A tendência é um Galo envolvente na frente e seguro atrás, o que faltou ao time de Marcelo Oliveira.
Já Eduardo Baptista assumirá o campeão brasileiro. Poderia ser o cenário ideal para início de trabalho em um clube. Não no Palmeiras. Eduardo Baptista já chega pressionado pela torcida por dar sequência ao trabalho de Cuca, um dos melhores técnicos brasileiros da atualidade. E tudo leva a crer que ele dará uma resposta positiva a Torcida que Canta e Vibra.
Se engana quem acha que Eduardo Baptista começou recentemente no futebol. Preparador físico com experiência internacional, sua visão se encaixa perfeitamente com a que o rápido Palmeiras precisa. 

TREINO É JOGO, E JOGO É TREINO

Roger e Eduardo Baptista atuam juntos quando o assunto é treinamento. Ambos são conhecidos por suas metodologias de trabalho no decorrer da semana. Com objetivos bem traçados e passados de forma com que os jogadores assimilem, priorizam a velocidade na movimentação com e sem a bola. Os times comandados são velozes, o que acaba abrindo espaços nas linhas de marcação adversárias com as variações apresentadas nos treinos. 

PACIÊNCIA NÃO É SINÔNIMO DE IMEDIATISMO

Tanto Eduardo quanto Roger são apostas para trabalhos à médio e longo prazo. As equipes tendem a se ajustar ao longo dos campeonatos, até pelos elencos numerosos com mais de uma peça de qualidade por posição. A tendência é que as equipes consigam atingir sua formação ideal no meio do primeiro semestre. O esperado é que as torcidas do Galo e do Verdão comprem a idéia de suas diretorias: Elevar os seus clubes a um patamar de disputar todos os títulos com um futebol bonito e competitivo. Resultado que requer tempo para ser alcançado. 

O SPLIT

A maior surpresa foi a contratação de Rogério Ceni pela diretoria são paulina. No ano que encaminhava para ser sabático, o ex goleiro retorna ao clube onde foi ídolo como jogador agora para liderar do banco de reservas. Rogério pode ser o Split final dessa maratona, dada a repercussão e expectativa que o seu trabalho (em conjunto com a comissão técnica formada por profissionais com vivência em um dos principais centros do futebol europeu) trará não só ao tricolor paulista, mas ao futebol brasileiro.

sábado, 3 de dezembro de 2016

FORÇA CHAPE. FORÇA IMPRENSA

Discordo de quem acredita que o futebol seja uma analogia da vida. Ele é sinônimo. Pais de família, filhos, irmãos... 71 deles embarcaram para um destino desconhecido por nós. É uma partida difícil. Uma viagem para guerreiros.
Guerreiros que travaram belos duelos nos campos de batalha do Brasil e da América. Guerreiros de batalhas épicas. Guerreiros que reverenciavam seu solo, defendido com suor para que fosse ao menos respeitado por seus adversários. Guerreiros que orgulham seu povo. Guerreiros imortais. 
Guerreiros que se juntam a guerreiros com o dom das palavras, da visão à longo alcance, da informação.                                                                    
Guerreiros que neste sábado retornam às suas origens. E para os braços de quem não os conhecia, mas que admiraram a história das batalhas que os move. Um encontro tão emocionante que até os deuses choram.                         
Aos familiares, meus mais sinceros sentimentos. E força. Para todos nós.