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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

CORPO NÃO TÃO SÃO É REFLEXO DE UMA MENTE INSANA

Caro leitor, devoto da técnica e da raça, a manhã desta segunda-feira amanheceu cinza no Rio Grande do Sul. Pelo menos para metade da população. O rebaixamento do Internacional para a série B do campeonato brasileiro expôs uma série de fatores ao longo da temporada determinantes para a queda colorada. 
É um consenso que a administração da diretoria foi pífia. Os problemas se iniciaram antes do início da temporada. D'Alessandro, ídolo e melhor jogador da equipe foi emprestado ao River Plate para "aliviar" a folha salarial, pouco tempo depois da direção rejeitar uma proposta oficial de um clube chinês por Anderson, no valor de 6 milhões de euros (aproximadamente 25 milhões de reais). Ao invés de uma solução, outro problema. Diagnosticado o déficit financeiro, iniciou-se o planejamento(?) de 2016 com a mesma base e comissão técnica que terminou 2015 com a segunda melhor campanha do returno. O ano começa com um saldo positivo: a conquista do campeonato regional e da Recopa gaúcha, mostrando que o time está pronto e credenciado a disputar o campeonato brasileiro na parte de cima da tabela. Pelo menos na visão das pessoas que responsáveis pela gerência de futebol colorada. A equipe comandada por Argel inicia com tudo o Brasileirão e chega a liderar o campeonato, mas após uma sequência de 6 jogos sem vitória vê o trabalho do seu técnico ser interrompido. Levanto o questionamento: a análise foi feita com base no modelo de jogo apresentado ou na expectativa criada além do que o elenco poderia apresentar? O escolhido para solucionar os problemas é o ídolo Paulo Roberto Falcão, um treinador com uma visão diferenciada sobre futebol e com um modelo de jogo que requer tempo para ser aplicado, pois anda pela contramão do modelo atual do time. Tempo que não existiu pois Falcão não completou 1 mês dando instruções à beira do gramado. E não dá para opinar pois não tem como analisar um trabalho de 27 dias. E o substituto não poderia ser outro a não ser Celso Roth, o profissional lembrado para esses momentos no Rio Grande do Sul. 
A criatividade da direção colorada se traduziu em antagonismo em campo: Vitórias empolgantes como a contra o Flamengo, e derrotas decepcionantes, como a contra o Vitória em casa. Após análise(?), o contrato de Celso é encerrado faltando 3 rodadas para o fim do campeonato. Por fim, Lisca é contratado para auxiliar a arrancada final do colorado rumo a permanência na série A. Com 2 derrotas em 3 jogos, o técnico se despediu antes mesmo da última partida, onde o colorado ainda tinha chances matemáticas da permanência, fechando o último treino para uma soltura e para se despedir do elenco. Surge a dúvida: Se despedir antes do término do contrato? Antes de uma análise de resultados? Soou estranho, não mais que a apática e melancólica exibição de futebol apresentado ontem pelo time no Rio, sem garra, sem sangue, sem vontade. O futebol não é uma ciência exata assim como a matemática, que errou no cálculo colorado: o Internacional já entrou em campo rebaixado.

CONSTRUÇÃO

Utilizaria o termo reconstrução caso desse para aproveitar o que foi demolido, mas acredito que construção resume o que terá que ser feito na próxima temporada. Uma cabeça ruim manda mensagens ruins para o corpo, que apenas cumpre ordens. O Internacional deste ano foi um clube do Piffero, não do povo, contrariando uma das mais belas histórias do futebol brasileiro e mundial. O clube que é gigante no estádio, nas conquistas, na torcida, vai se reerguer. Mas para isso torcedor colorado, o clube dependerá de você.





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